Eu vou ainda mais longe do que que o que é... será que existe?
Na minha opinião não existe, pois aquilo que entendemos normalmente por equilíbrio é passar x horas no trabalho e y em actividades pessoais ou em família por dia. Mas será que isto faz sentido?
Eu penso que não. Penso que é importante ter uma vida equilibrada, mas isso pode implicar ter meses de trabalho profundo, com pouco tempo para nós e para a família (se esse for o nosso foco no momento) e depois meses de trabalho mais leve em que dedicamos a maior parte da nossa atenção a nós e à família.
Para mim o importante é minimizar as tarefas que não gosto e que não são importantes (delegando ou partilhando a responsabilidade ou não fazendo de todo se não são relevantes), focando-me, em cada momento, naquilo que é mais importante para mim.
A prioridade número 1 da minha vida são os meus filhos e a minha família. Por isso, obviamente, se em algum momento eu sentir que eles precisam de mim largo tudo pois tornam-se de imediato o meu foco.
Mas no meu dia a dia, tento reger-me sempre pela minha intuição, por aquilo que eu sinto que é mais importante em cada instante. Eu adoro trabalhar e sinto que tenho muito para dar ao mundo. Isso preenche-me imenso e por isso está sempre entre as minhas prioridades top também.
Quando as duas áreas da minha vida (família e trabalho) entram em conflito pelo mesmo tempo, eu penso sempre com o coração e avalio qual aquele que é mais importante naquele instante. Sou muito egocêntrica na escolha e escolho sempre o que EU quero mais (a menos que os meus filhos estejam dependentes da minha escolha e aí a escolha fica feita à partida).
E assim sou feliz!
Quando estou com um projeto novo, que necessita de mais atenção minha, falo sempre com o meu marido e os meus filhos, explico a razão das minhas escolhas e eles são os primeiros a incentivarem-me e a darem-me força para me focar durante um tempo no trabalho. E o resultado é que, na maior parte das vezes, o pouco tempo que tenho para estar com eles é muito mais intenso e por isso compensa a diminuição do número de horas.
Quando tive o primeiro filho, a minha chefe na altura disse-me: "Mariana, tens que definir bem as tuas prioridades. Se as tuas escolhas forem sempre feitas de acordo com as tuas prioridades, tu vais sempre te sentir bem com isso".
Já lá vão mais de 9 anos desde que ouvi estas palavras, mas nunca as esqueci. Todas as decisões importantes que tomei na vida a partir daí, mesmo aquelas que tiveram algumas consequências negativas, me fizeram sentir bem porque foram decisões minhas, conscientes, com todos os prós e contras bem ponderados.
Foca-te no que é importante para ti!
Vive uma vida alinhada com os teus princípios e não com os dos outros!
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